sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Camocim: Um Texto com Sabores

CAMOCIM: UM TEXTO COM SABORES
Presente aos homens
De sabor natural
De um sem fim, beleza que o tem

Camocim, um fenômeno textual
Natureza que se oferece ao pensamento e a palavra
Texto de um futuro que não acabou e outrora que não chegou

O agora para mergulhar 
Do trampolim ao farol
No Odus, camiseta regata de canoas, carnaval
Um beijo no olho do “coró” pra turista retornar
Num agora em que a “maria-fumaça” apita e os navios estão ancorados
Um céu de brigadeiro azul não enlatado
Para melar os dedos, vou de pé à asa de Pinto Martins
Folhear páginas de água, sol e areia
Um lindo Maceió que não é de Alagoas 
Folhear Barreiras, Pedra com mero e dunas com Tatajuba
Sigamos pelas próximas linhas dos pescadores mais bem letrados...
Texto pra se riscar; Pote de massinha de modelar; tempo para saborear
Rio da Serra que abraça o Mar para se emoldurar; espaço para experimentar
Livro pra me visitar; “botes” que, ao sabor da sorte, põe à mesa o mar
Dos caranguejos das quintas e feiras, ao tempero do violeiro
Do camarão que não pediu para se bronzear antes do tira-gosto alimentar
Um Lago Seco que ao contrariar o próprio nome alegra e atrai
É quando o céu chora que o “cará” do chão começa a brotar
Um Lago que tem uma bacia que anda vazia
Depois do Xavier, Barrinha com gosto de sal e Remédios pra curar
Uma Praia de Coqueiros 
Marca-textos às mãos de cores Amarelas a fim de aproximar Caraúbas e Guriú
Texto que tem lagoas no Outro Lado sem ponte
Lagoas que nascem por cima e morrem por baixo e ressuscitam da lama
Uma Lagoa nomeada de Torta pra degustar 
Texto bom é feito Ilha do Amor, lápis para remar
(Des)Aprender que Das coisas sem serventia uma delas é a Geografia
Um texto não se deve amassar; pessoas e sonhos como sopa de letrinhas
Dá[diva], De[mais], Di[ver s(o) idade], Do[CE], Du[zentas vezes daqui sessenta e quatro anos], e por quê negar o sentimento “C” Amo “Cim”?!
Livro nenhum deveria ser de estante, mas de instantes, de “Miralago” e Mirante
Paisagens com fortes horizontes e que nos levam distante 
Um Calçadão e o pôr-do-sol no interior do morador
Texto com um bom sabor não sai da mente, festeja-se a cada nova edição.
(José Arilson, setembro de 2015.).
Texto-paisagem imaginado em homenagem aos 136º aniversário de Camocim-CE